24 de fev. de 2011

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA


A ARTE INDÍGENA ANTERIOR A CABRAL


Segundo a Fundação Nacional do Índio – FUNAI -, quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia aqui de 1 milhão a 10 milhões de indígenas. Hoje restam cerca de 345 mil, distribuídos por reservas em todo o país. Além da redução numérica, impressiona e assusta a destruição de culturas que criaram, ao longo dos séculos os seus objetos de sua cultura.


UMA ARTE INTEGRADA À CULTURA


Quando dizemos que um objeto indígena tem qualidades artísticas, o fazemos do nosso ponto de vista, e não do ponto de vista do indígena. Para ele, os mais simples objetos usados no dia-a-dia – redes, potes, cestos, etc. – devem ser feitos com muito capricho e perfeição. Desse modo, os objetos são belos porque são bem-feitos, e não por serem obras artísticas.
Nas sociedades indígenas a preocupação com a beleza aparece nos acessórios – colares, tangas, cocares -, nas máscaras e objetos rituais e nas pinturas corporais.
Outro aspecto importante da arte indígena é que ela representa mais as tradições da comunidade que as preferências do artista. Assim, o estilo da pintura corporal, do traçado e da cerâmica varia muito de um grupo para outro, como se fosse a “marca” de cada comunidade.



A FASE MARAJOARA E A CULTURA DE SANTARÉM



No período pré-cabralino dois conjuntos de produção artística se destacam: a fase marajoara e a cultura Santarém.
A fase marajoara é a quarta das cinco fases que se dividiu a produção cultural dos povos da ilha de Marajó, a nordeste do atual estado do Pará. Essa produção destaca-se, sobretudo pela cerâmica: vasos domésticos, simples; e vasos cerimoniais e funerários, com decoração mais elaborada. Despertam interesse também as estatuetas com representações humanas. A cultura dessa fase sofreu um lento e constante declínio, até desaparecer completamente por volta de 1350, talvez absorvida por outros povos que chegaram à ilha.
A cultura Santarém corresponde aos vestígios culturais encontrados na região próxima à junção dos rios Tapajós e Amazonas, no estado do Pará. Seus vasos de cerâmica são ricamente decorados com pinturas, desenhos e relevos com figuras humanas ou de animais. A arte santarena produziu também objetos e estatuetas de formas variadas. Essa cultura prosseguiu até a chegada dos colonizadores, mas, por volta do século XVII, desapareceu.


A ARTE INDÍGENA MAIS RECENTE


Entre as atividades das comunidades indígenas atuais estão a cerâmica, a tecelagem e o traçado de cestos e balaios. De modo geral, essas comunidades contam com uma ampla variedade de matérias-primas: madeira, cortiça, fibras, palmas, palha, cipó, sementes, coco, resinas, couro, ossos, dentes, conchas, garras e plumas das mais variadas aves.
Na arte indígena despertam interesse também a arte plumária, as máscaras e a pintura corporal. A arte plumária é muito especial: não está ligada a uma finalidade, mas apenas à busca da beleza. Apresenta dois estilos mais importantes: peças maiores, como diademas; e peças mais delicadas, sobre faixas de tecido de algodão, como colares e braceletes.
A pintura corporal é usada para transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas, por isso a escolha dessas cores importantes. As mais usadas são o vermelho vivo do urucum, o negro esverdeado da tintura do suco de jenipapo e o branco da tabatinga.
Para os índios, as máscaras são artefatos produzidos por homens comuns. Ao mesmo tempo, porém, tornam-se a figura viva do ser sobrenatural que representam. Podem ser feitas de troncos de árvore, palha de buriti e cabaças.


Referências Bibliográficas
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. 1.ed., São Paulo: Ática, 2008. p.88 a 94.


Sugestões:

ARTE INDÍGENA BRASILEIRA: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arte_no_Brasil
FASE MARAJOARA E SANTARÉM: http://www.arteducacao.pro.br/hist_da_arte/hist_da_arte_prebrasil.htm

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